Quatro corpos foram descobertos dentro de um poço na zona rural de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, nesta sexta-feira (19). O autor da chacina foi identificado como o escultor sergipano e atirador desportivo e caçador (CAC) Regivaldo da Silva Santana, conhecido como Giba, que confessou o crime após ser detido. Outros dois suspeitos de participação na chacina estão foragidos.
As vítimas foram identificadas como os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; Joselene de Souza Santos, de 17 anos (companheira de Lucas); e Erick Juan de Lima Silva, de 20 anos (companheiro de Letícia).
De acordo com o delegado-geral Gustavo Xavier, a mãe de Letícia e Lucas havia procurado a Delegacia Regional de Arapiraca para relatar o desaparecimento dos filhos. Ela informou que ouviu relatos de populares sobre tiros em uma propriedade, o que chamou a atenção das autoridades.
Durante as investigações, a Polícia Civil chegou à propriedade onde os disparos foram ouvidos, que servia como ateliê para o escultor Giba. Segundo o delegado, o criminoso admitiu ter cometido os assassinatos no último sábado (13) porque os dois jovens haviam furtado um celular e um equipamento de seu trabalho.
O CAC relatou que saiu com as duas jovens para o centro de Arapiraca, onde fizeram saques em um banco e compraram uma pizza antes de retornar à propriedade. Ao chegar lá, ele recebeu a informação de que os dois homens, companheiros das mulheres, teriam furtado seus pertences. Com isso, ele e um homem identificado como Adriano caçaram os dois jovens e, após um disparo acidental, mataram todos a tiros e jogaram os corpos no poço da propriedade.
O delegado Xavier ressaltou que, por ser CAC, o criminoso tinha autorização para possuir armas de fogo, e cerca de 10 armas foram apreendidas na propriedade. As investigações continuam para localizar os dois suspeitos foragidos e esclarecer todos os detalhes do crime.
