
“É preciso que
as informações sejam verdadeiras, relevantes e objetivas. Além de valorizar o
conteúdo do candidato, facilita o processo de avaliação, diminuindo a margem de
erro por parte do avaliador”, comenta a gerente nacional de Recrutamento e
Seleção do ManpowerGroup, Lisângela Melo. Na arte ao lado, está um resumo de
dicas que ela e a sócia e consultora da Ágilis RH, Eline Nascimento, dão sobre
os principais erros ainda cometidos nesses documentos.
“O que vemos
muito também são currículos extensos e sem foco. Ao final da leitura, o
avaliador acaba sem entender o que a pessoa realmente fez nas empresas por onde
passou”, alerta Eline. Ela acrescenta uma orientação: sempre colocar as
experiências mais recentes no topo da lista, fazendo uma ordem decrescente e
marcando em cada uma o mês e o ano da entrada e da saída.
As
especialistas comentam que o currículo impresso ainda está em uso, mas que as
empresas já ofertam formulários online para coletar as informações, que já
entram diretamente no banco de talentos da companhia, contendo exatamente os
dados que ela precisa. “Em geral, o impresso é mais usual nos cargos de nível
médio. A procura por profissionais para cargos mais altos praticamente já
extinguiu essa modalidade e é totalmente online”, pontua Eline, ao citar, entre
as ferramentas, a rede social LinkedIn.
Outro recurso
que pode ser usado é o videocurrículo, mais presente em processos seletivos em
outros países. “Ainda é raro, mas é bem visto”, diz Liziane. “Usamos o vídeo
muito mais para entrevistas, seja em tempo real ou gravada”. Mas ela diz que se
o candidato optar pela ferramenta, deve se portar como se estivesse em uma
entrevista ao vivo, considerando o padrão de vestuário, a linguagem e a
expressão corporal adequados para a apresentação à empresa onde ele quer
trabalhar.
Independentemente
da plataforma, a atenção às informações, que devem ser bem formuladas e
apresentadas de acordo com o perfil da área pretendida, ainda é fundamental
para “vender o peixe” do candidato.
Do JC