Com o retorno aos trabalhos nesta quinta-feira (10) dos
empregados dos Correios que estavam em greve, à empresa estima que deve
normalizar o serviço de entrega de cartas e encomendas em até sete dias úteis
nos locais prejudicados pela paralisação.
Os Correios informaram ainda que nas localidades onde não
houve greve a situação já está normalizada, como no Rio de Janeiro, Rio Grande
do Norte, Rondônia, Tocantins e Amapá, além de cidades no estado de São Paulo,
como a região metropolitana, Bauru e Sorocaba.
A empresa disse que na próxima segunda, dia 14 de outubro,
será retomado o serviço de hora marcada de entrega, suspenso nos locais onde
houve paralisação.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) determinou na terça-feira (8) o fim da greve dos
Correios e estabeleceu que todos os trabalhadores retornassem ao trabalho nesta
quinta.
Embora algumas paralisações tenham começado no dia 12 de
setembro, a greve geral aprovada pelos sindicatos associados à Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares
(Fentect) foi deflagrada oficialmente em todo o país no dia 17 de setembro.
O tribunal decidiu que a greve não foi abusiva, mas mandou
que os empregados compensem os dias parados por duas horas diárias em até seis
meses. O TST analisou o caso num processo de dissídio porque não houve acordo
entre trabalhadores e a empresa.
Ficou definido que os trabalhadores receberão reajuste de 8%
conforme acordo firmado com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT). O aumento será retroativo a agosto. Os empregados queriam que o reajuste
se estendesse para o vale-alimentação, mas ficou definido que será seguida a
proposta da empresa, de 8% para os salários e 6,27% para o vale.
Parte dos sindicatos já havia aceitado a proposta de reajuste
salarial de 8% oferecido pela empresa. Outros, porém, reivindicavam 15% de
aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano
e reposição das perdas salariais desde o plano real.
G1