Há menos de um mês do carnaval, Pernambuco amanhece no ritmo do frevo. Dança que nasceu na capital Recife nos fins do século XIX e começo do século XX. Nascendo das marchas, maxixes, dobrados e ao som das bandas militares da época que o frevo foi tomando suas raízes e se eternizando na rica cultura pernambucana. Que chama a atenção do Brasil e do mundo com esses infinitos e energizastes passos e do malabarismo sustentado na colorida sombrinha. Que fazem do frevo a marca da terra dos altos coqueiros, que fazem poetas e turistas de terras distantes serem trazidos pela saudade.
Se na Bahia “só não vai atrás do trio quem já morreu”, aqui em Pernambuco não tem quem resista à melodia da vassourinha, descendo as ladeiras de Olinda e indo ao encontro de retretas no Marco Zero do Recife. É Como aqui em São Bento na alvorada do dia 06 de janeiro e o próprio hino da cidade que já se sente o verdadeiro e espirituoso carnaval, resistido naqueles que ainda sonham com os antigos e bons carnavais.
Naldinho Ruiz
TV SBUNA
